domingo, 15 de janeiro de 2012

Sextilhas Românticas



Paisagens da minha terra,
Onde o rouxinol não canta
- Mas que importa o rouxinol?
Frio, nevoeiros da serra
Quando a manhã se levanta
Toda banhada de sol!


Sou romântico? Concedo.
Exibo, sem evasiva,
A alma ruim que Deus me deu.
Decorei "Amor e medo",
"No lar", "Meus oito anos"... Viva
José Casimiro Abreu!


Sou assim, por vício inato.
Ainda hoje gosto de *Diva*,
Nem não posso renegar
Peri, tão pouco índio, é fato,
Mas tão brasileiro... Viva,
Viva José de Alencar!


Paisagens da minha terra,
Onde o rouxinol não canta
- Pinhões para o rouxinol!
Frio, nevoeiros da serra
Quando a manhã se levanta
Toda banhada de sol!


Ai tantas lembranças boas!
Massangana de Nabuco!
Muribara de meus pais!
Lagoas das Alagoas,
Rios do meu Pernambuco,
Campos de Minas Gerais!

( Poema de Manuel Bandeira )

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Quero-quero














Também conhecido por téu-téu, terém-terém, tero-tero, gaivota-preta, chiqueiro e espanta-boiada .
Os indígenas o chamavam guigrateutéu ou guira-téu-téu (guirá, em tupi: ave; téu-téu é a onomatopéia de seu canto).

É uma ave típica da América do Sul, sendo encontrada desde a Argentina e leste da Bolívia até a margem direita do baixo Amazonas e principalmente no Rio Grande do Sul, no Brasil. Habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas. Em Portugal, é chamado abibe-do-sul. Em castelhano é conhecido por tero común e em inglês, Southern Lapwing.

O quero-quero se alimenta de invertebrados aquáticos e peixinhos que encontra na lama. Para capturá-los, ele agita a lama com as patas para provocar a fuga de suas presas. Também se alimenta de artrópodes e moluscos terrestres.


O quero-quero, afasta os intrusos que se aproximam de seu ninho, fingindo-se ferido.