Sei um ninho. E o ninho tem um ovo. E o ovo tem lá dentro um passarinho Novo.
Mas escusam de me atentar: Nem o tiro, nem o ensino. Quero ser um bom menino E guardar Este segredo comigo E ter depois um amigo Que faça o pino A voar...
Cantar como um passarinho De manhã cedinho Lá na galha do arvoredo Na beira do rio Bate as asas, passarinho Que eu quero voar Bate as asas, passarinho Que eu quero voar Me leva na janela da menina Que eu quero amar Me leva na janela dela Que eu quero espiar Me leva na janela da menina Que eu quero cantar Cantar como um passarinho De manhã cedinho Lá na galha do arvoredo Na beira do rio Cantar como um passarinho De manhã cedinho Lá na galha do arvoredo Na beira do rio Cantar como um passarinho Como um passarinho Cantar como um passarinho Como um passarinho Como um passarinho
Para que vieste Na minha janela Meter o nariz? Se foi por um verso Não sou mais poeta Ando tão feliz! Se é para uma prosa Não sou Anchieta Nem venho de Assis Deixe-te de histórias Some-te daqui.
Vinícius de Morais
O Amor é livre como um pássaro na janela Não sabe se entra, não sabe se foge... Mas observa passivamente todas as coisas, com a calma que a eternidade lhe deu. É um Anjo!
O nome Curió na língua tupi guarani significa "Amigo do Homem", pois este pássaro gostava de viver perto da aldeia dos índios. É um pássaro alegre, cujo canto chama atenção pelo timbre e perfeição. O curió além de excelente cantor é um imitador nato. Seu canto lembra o som de um violino.
Os curiós se distinguem pelo chamado "canto corrido", escala descendente de assobios que compõem uma vocalização única entre os pássaros conhecidos no Brasil. Despertam admiração ainda maior quando não "racham o canto", ou seja, quando não interrompem com chilreios a fluência de suas melodias.
O tico-tico tem cor marrom e mostra três listas pretas longitudinais na cabeça, com nuca cor de ferrugem. O dorso é marrom e preto, listado e a garganta é branca. A distribuição das cores é a mesma no macho e na fêmea. Freqüentemente o ninho do Tico-tico é parasitado pelo Chopim (Molothrus bonariensis), que põe seus ovos para serem incubados e os filhotes criados pela fêmea de Tico-tico.
Tem um canto delicado e suave, que varia de região para região. Muita gente imagina uma letra para sua musiquinha, e uma das versões que já ouvi é manda chuva, meu Deus; outra é levanta, Clotildinha. Apresenta um canto noturno bem diferente do diurno.
Segundo uma lenda amazônica, a alma de gato possui um canto fatídico: quando canta à porta da casa de alguém, este está com os dias contados. Claro que isto não passa de lenda. Aliás, essa ave deve ser protegida, pois é muito útil ao agricultor. O exame de 155 estômagos de almas de gato evidenciou que estas aves são insetívoras e que 50% do conteúdo era de lagartas que atacam as nossas culturas.
A alma de gato é uma ave da família dos cucos; mede 50 cm de comprimento, dos quais 2/3 pertencem à cauda, daí também ser conhecida como rabilonga. A cor é castanho-parda no dorso e cinza-ardósia na barriga. O pescoço e o peito são vermelho-acinzentados e a cauda tem penas escuras de pontas brancas. No norte do país é ainda conhecida como chincoã, tinguaçu e rabo de escrivão.
Em outros Estados do Brasil são atribuídos à alma de gato ainda os seguintes nomes: meia-pataca, crocoió, alma de caboclo, atingaú, tincoã e rabo de palha.
Ave migratória que parte no inverno mas que tem assegurado o seu retorno no verão. É um símbolo do eterno retorno, das situações cíclicas que desde o início sabemos o final, posto que são repetitivas.