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o homem morre, o pássaro migra
João de Abreu Borges
singrando o céu, cavando a terra
o homem e o pássaro se dissecam
o grito é solto a asa é plena
manhãs e auroras completam a voz
o pássaro canta o homem briga
alado em seu medo de poeta
o homem traveste sua destreza
o pássaro fecha o bico em seta
o pássaro plumagem abre o olhar
seu vôo rasante afaga nuvens
o homem inventa vôo de ave
dançando na mata doce luar
vazio e incerto caminha descalço
buscando sentido no pleno sonhar
as coisas do pássaro se fazem sozinhas
as coisas do homem se erguem do chão
o homem poeta traz vôo na alma
o pássaro, atleta, faz trama no ar
Jiddu Saldanha
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