Para o alto da noite negra, da noite muito negra, partiu o delicado pássaro que só na extrema solidão do último ramo se atreve a cantar, porque diz a sua canção: “Eu te amo! Eu te amo! Eu te amo!”
Mas do cimo da noite negra, da sua janela mais negra, a plácida voz responde: “Dorme! Dorme! Dorme!” e o pássaro de asas fechadas cai sem saber onde. Cai no meu coração. (Nem teve tempo de beber a lágrima enorme que os olhos formarão.)