sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Segredo
"Brincadeira de Criança"
De entre o espesso arvoredo
Saem tontos os pardais.
Seu piar tão assustado
Comunica-se aos demais.
Surgem a dar às asinhas,
Redondos, acastanhados.
Erguem-se, rapidamente,
E partem, desaustinados.
Não ganharam para o susto.
Por causa de uma criança,
Os seus galhos favoritos
Perderam a segurança.
Na copa da grande árvore
Repousavam escondidos.
Vi-os chegar à tardinha,
Às dezenas, divertidos.
Lestos pousaram nos ramos,
Aonde os segui co'a vista.
Sumiram por entre as folhas,
E... perdi a sua pista.
Logo mais ao pôr do Sol,
Vão voltar, em chilreada,
Para ocupar seus lugares,
Na árvore abandonada.
Maria da Fonseca
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Passarinho
Cantar como um passarinho
De manhã cedinho
Lá na galha do arvoredo
Na beira do rio
Bate as asas, passarinho
Que eu quero voar
Bate as asas, passarinho
Que eu quero voar
Me leva na janela da menina
Que eu quero amar
Me leva na janela dela
Que eu quero espiar
Me leva na janela da menina
Que eu quero cantar
Cantar como um passarinho
De manhã cedinho
Lá na galha do arvoredo
Na beira do rio
Cantar como um passarinho
De manhã cedinho
Lá na galha do arvoredo
Na beira do rio
Cantar como um passarinho
Como um passarinho
Cantar como um passarinho
Como um passarinho
Como um passarinho
Gal Costa
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A um passarinho
“O Canto dos Pássaros”
“O Canto dos Pássaros”, música tradicional catalã, na execução de Pablo Casals e imagens belíssimas de pinturas orientais e ocidentais de pássaros.
Curió
O nome Curió na língua tupi guarani significa "Amigo do Homem", pois este pássaro gostava de viver perto da aldeia dos índios.
É um pássaro alegre, cujo canto chama atenção pelo timbre e perfeição.
O curió além de excelente cantor é um imitador nato. Seu canto lembra o som de um violino.
Os curiós se distinguem pelo chamado "canto corrido", escala descendente de assobios que compõem uma vocalização única entre os pássaros conhecidos no Brasil. Despertam admiração ainda maior quando não "racham o canto", ou seja, quando não interrompem com chilreios a fluência de suas melodias.
Tico-tico
O tico-tico tem cor marrom e mostra três listas pretas longitudinais na cabeça, com nuca cor de ferrugem. O dorso é marrom e preto, listado e a garganta é branca. A distribuição das cores é a mesma no macho e na fêmea.
Freqüentemente o ninho do Tico-tico é parasitado pelo Chopim (Molothrus bonariensis), que põe seus ovos para serem incubados e os filhotes criados pela fêmea de Tico-tico.
Tem um canto delicado e suave, que varia de região para região. Muita gente imagina uma letra para sua musiquinha, e uma das versões que já ouvi é manda chuva, meu Deus; outra é levanta, Clotildinha.
Apresenta um canto noturno bem diferente do diurno.
Alma de gato
A ave que pressagia a morte
Segundo uma lenda amazônica, a alma de gato possui um canto fatídico: quando canta à porta da casa de alguém, este está com os dias contados. Claro que isto não passa de lenda. Aliás, essa ave deve ser protegida, pois é muito útil ao agricultor. O exame de 155 estômagos de almas de gato evidenciou que estas aves são insetívoras e que 50% do conteúdo era de lagartas que atacam as nossas culturas.
A alma de gato é uma ave da família dos cucos; mede 50 cm de comprimento, dos quais 2/3 pertencem à cauda, daí também ser conhecida como rabilonga. A cor é castanho-parda no dorso e cinza-ardósia na barriga. O pescoço e o peito são vermelho-acinzentados e a cauda tem penas escuras de pontas brancas. No norte do país é ainda conhecida como chincoã, tinguaçu e rabo de escrivão.
Em outros Estados do Brasil são atribuídos à alma de gato ainda os seguintes nomes: meia-pataca, crocoió, alma de caboclo, atingaú, tincoã e rabo de palha.
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domingo, 11 de dezembro de 2011
Andorinha
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
Beija-flor
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Beija-flor
Não há como não ficar encantando com as aparições do beija-flor. Veloz, chega como se fosse um raio. Com as asas rápidas, quase imperceptíveis, estaciona no ar. "Beija" uma flor com precisão e suavidade. Repentinamente, desloca-se até outra. Instantes depois já não está mais, mas o encanto daquele momento permanece.
Pode-se observar beija-flores apenas na América do Sul, do Norte e Central. "Das cerca de 320 espécies existentes, a maioria se concentra na América do Sul e quase a metade é encontrada no Brasil"
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Cotovia
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
domingo, 2 de outubro de 2011
Pássaro
Aquilo que ontem cantava
já não canta.
Morreu de uma flor na boca:
não do espinho na garganta.
Ele amava a água sem sede,
e, em verdade,
tendo asas, fitava o tempo,
livre de necessidade.
Não foi desejo ou imprudência:
não foi nada.
E o dia toca em silêncio
a desventura causada.
Se acaso isso é desventura:
ir-se a vida
sobre uma rosa tão bela,
por uma tênue ferida.
Cecilia Meireles
sábado, 10 de setembro de 2011
Cambacica
É também conhecida como mariquita, chupa mel, chiquita (Rio de Janeiro), sebinho (Minas Gerais), caga-sebo, cabeça-de-vaca(interior de São Paulo), sebito e guriatã de coqueiro (Pernambuco), sebinho, papa-banana (Rio Grande do Sul), saí e tem-tem-coroado (Pará).
Sua alimentação é à base de néctar, frutas e pequenos insetos. Para coletar alimento, em qualquer altura, agarra-se firmemente à coroa das flores e com o bico curvo e pontiagudo perfura o cálice, atingindo assim os nectários. Visita também as garrafas de água açucarada, destinadas a atrair beija-flores e comedouros de frutas para pássaros aprecia muito banana, mamão, jabuticaba e laranja, daí vem seu nome em inglês bananaquit.
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sábado, 27 de agosto de 2011
Para compor um tratado sobre passarinhos
É preciso por primeiro que haja um rio com
árvores e palmeiras nas margens.
E dentro dos quintais das casas que haja
pelo menos goiabeiras.
E que haja por perto brejos e iguarias de brejos.
É preciso que haja insetos para os passarinhos.
A presença de libélulas seria uma boa.
O azul é muito importante na vida dos passarinhos.
Porque os passarinhos precisam antes de belos, serem eternos.
Eternos que nem uma fuga de Bach.
Manoel de Barros
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segunda-feira, 6 de junho de 2011
sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Alma Perdida
Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!
Toda a noite choraste… e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz!…
Florbela Espanca - Livro de Mágoas
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Por que partir tão cedo? inda vem longe o dia...
Ouves? é o rouxinol. Não é da cotovia
Esta encantada voz. Repara, meu amor:
Quem canta é o rouxinol na romãzeira em flor.
Toda a noite essa voz, que te feriu o ouvido,
Povoa a solidão como um longo gemido.
Abracemo-nos! fica! inda vem longe o sol!
Não canta a cotovia: é a voz do rouxinol!
William Shakespeare
quinta-feira, 14 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
Tal qual um pássaro
"(…) Esgota, como um pássaro,
as canções que tens na garganta.
Canta. Canta para conservar a ilusão
de festa e de vitória.
Talvez as canções adormeçam as feras
que esperam devorar o pássaro.
Desde que nasceste
não és mais que um vôo no tempo.
Rumo ao céu?
Que importa a rota?
Voa e canta
enquanto resistirem tuas asas."
(Menotti del Pichia)
quarta-feira, 23 de março de 2011
O Rouxinol
sábado, 19 de março de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Bem-te-vi
domingo, 2 de janeiro de 2011
Pássaros confinados do amanhecer...
Os pássaros
cantam neste instante
invadindo o meu ser
de esperança,
resignados...
Cantam no agora
e doravante...
Pois que a ressonância
do canto confinado
não se limita
às gaiolas...
Enquanto houver sol
no horizonte,
enquanto a luz
como presente,
abrilhantar o dia...
Todo pássaro confinado
há de esperançar...
Rita Reikki
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