Nos meus poemas não há pássaros
aflitos dentro dos versos,
bicos metidos entre as rimas
na angustia dos vôos livres.
Amo as aves revoluteando no ar
a liberdade em plena luz,
que não é querer nem cogitar
mas a forma mesma do corpo.
Asas irrequietas receosas
inconstantes buliçosas
o que voam são os olhos
acesos desconfiados vigilantes
perscrutando inimigos, vitimas, distancias,
adivinhando flores antevendo ninhos.
Miguel Reale
Nenhum comentário:
Postar um comentário