Ave de Agouro. Muito bonita, de coloração avermelhada e rabo comprido, possui um penacho e é de tamanho nitidamente maior que a média das outras aves em geral. Vive no Planalto e no Litoral, sendo mas comum em áreas ainda intocadas e também nas áreas rurais.
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Alma de Gato | Guará | Arara Canindé |
Trata-se de ave migratória das Américas, viajando milhares de quilômetros. Como o nome indica, é uma andorinha maior que a comum, com um trinado curto e mais intenso. Possui o peito esbranquiçado e o dorso preto, que sob o sol reluz como um tons de um azul marinho bem escuro. Nas manhãs dos verões ensolarados, podem ser observados ao longo da praia do Peruíbe. Voa até 100 km por hora e consome muitos insetos. O ninho é feito de um tipo de musgo colado com a saliva do pássaro.
É parecido com seu parente acima mencionado. Contudo, sua coloração no dorso é amarronzada. Freqüenta o Rio Itanhaém e a área rural do Município mesmo na época do inverno (veranico).
Ave de agouro, segundo as superstições de Caboclos e Caiçaras, superstições essas que chegam até nós desde a época dos Índios Tupinambás, mesmo que modificadas com o tempo. É que os Índios ficavam alegres quando ouviam essas aves de agouro em geral, as quais para eles, eram portadoras de mensagens de seus parentes que já haviam feito a viagem para "além da montanhas". Tais mensagens, os encorajavam para a guerra e os deixavam muito alegres. Jean de Lery comenta um episódio que ele mesmo presenciou entre os Índios da Tupinambás da Guanabara. Quanto aos Caboclos e Caiçaras, ao contrário dos Índios, temem essa aves por acharem que portam com elas mensagens de morte e má sorte. Apedrejá-las ou espantá-las traz em si a própria ruína. Quando cantam perto da casa, é sinal de luto próximo na família. Superstição ou realidade, há 2 tipos de Anu a saber: o Anu Branco e o Anu Preto.
Anu Branco
Ave de agouro. Como seu primo, o Anu Preto, vive em bandos. Vive em áreas abertas em torno da Mata Atlântica. Antigamente era observado apenas em regiões campestres secas e cerrados, mas penetrou nas pastagens, jardins e outras áreas abertas criadas pelo homem. Desaparece quando uma área campestre volta a tornar-se florestal. Vive em bandos, perseguindo insetos no chão. Apresenta até 15 tipos diferentes de cantos. Quando empoleira, arrebita a cauda e joga-a até as costas. Conhecido também como anu-galego, gralha (Rio Grande do Sul), quiriru (Amapá) e piririguá (Maranhão e Piauí).
Anu Preto
Ave de agouro e preta. Vive em bandos. Possui um bico protuberante e um piado característico. Vive no litoral e nos campos, em áreas rurais. Vive em bandos e é muito visto em regiões cultivadas. Segue de perto o gado e tratores que aram os campos, para alimentar-se dos insetos e outros bichinhos que são espantados, ou então espalham-se em bandos pelo chão, permanecendo imóveis e atentos até aparecer um inseto, quando o indivíduo mais próximo salta e o apanha. Depois de um certo tempo, o bando avança. Há dúvidas quanto ao anu-preto ser ou não devorador de carrapatos, pois é visto freqüentemente pousado sobre o gado. Apesar da opinião geral do que comeriam, não foram observados carrapatos em conteúdos estomacais. Alimenta-se também de pequenas cobras e rãs; às vezes saqueia ninhos de outros pássaros. Pesca em águas rasas e principalmente durante as secas, alimenta-se de frutos, coquinhos e sementes. Voa mal; qualquer vento mais forte o leva para longe. Faz ninhos coletivos, em formato de uma grande xícara aberta, pondo grandes ovos azul-esverdeados, cobertos com uma crosta calcária. O número médio é de 9 ovos por ninho coletivo. Conhecido também como anu-pequeno e anum (Pará).
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Biguá | Beija-Flor | Bigodinho |
Seus trinados inconfundíveis podem ser ouvidos de longe na mata. Conhecida também como Trinca-Ferro. Corre risco de extinção. Ocorre ao longo do Rio Itanhaém e afluentes. Trata-se de um pássaro muito bonito.
Muito comum em todo Litoral Paulista e Carioca na época da colonização no Século 16. Hoje em dia praticamente desapareceu desses locais (especula-se se no fundo da Mata Atlântica, e mesmo na Juréia, existiram ainda alguns exemplares). Hoje refugiam-se principalmente no Pantanal, nos Estados de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul. Trata-se de uma ave muito bela, que era criada nas aldeias pelos Índios tupinambás que usavam suas penas azuis e amarelas em cocares e mantos.
É um pássaro diminuto, natural das Américas (não existe em nenhum outro continente). Muito pequeno e frágil, possui várias espécies cujas cores perolizadas reluzem ao sol tropical. Faz o ninho com pequenos gravetos, palha e liquens, pondo de 2 a 4 ovinhos bem pequenos. Os filhotes quando nascem são tão minúsculos que 3 deles chegariam a caber dentro de uma colher de sopa.
É provavelmente um dos pássaros mais populares de nosso país,presente em todo o Brasil e também desde o sul dos Estados Unidos a toda a América do Sul. É migratório em algumas regiões. É comum em uma série de ambientes abertos, como cidades, árvores à beira d'água, plantações e pastagens. Em regiões densamente florestadas habita margens e praias de rios. Alimenta-se de grande variedade de ítens, predominantemente de insetos e frutos, incluindo até mesmo peixes. É bastante agressivo e barulhento, pousando geralmente à pouca altura em galhos ou outros locais isolados. Faz ninho grande e esférico, de gramíneas, com entrada lateral; porém, já foram encontrados ninhos em formato de xícara aberta. Põe de 2 a 4 ovos de cor creme com poucas marcas marrom-avermelhadas. Conhecido também como bem-te-vi-de-coroa e bem-te-vi-verdadeiro. Comum em Itanhaém assim como em todo o Litoral Paulista.
Pássaro pequeno que vive em bandos. É o correspondente brasileiro do mandarim asiático, mas ao contrário deste, não se presta ao cativeiro. Possui um bico pequeno e escarlate, o peito com coloração cinza-salmão e o dorso marrom. Muito bonito, se alimenta das sementes do capim. Vive ao longo das praias no Litoral Sul, no Planalto, Vale do Paraíba (SP) e nos campos juntos às praias no Litoral Norte de São Paulo.
Presente no Brasil, como residente, nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo e Bahia. Durante o inverno da região sul migra para a Amazônia e para os estados do Nordeste. No Espírito Santo e Paraná aparece em dezembro para nidificar e desaparece em março e abril, começando a surgir no leste do Maranhão e Piauí a partir de maio. É localmente comum em clareiras arbustivas, plantações, bordas de capoeiras e áreas com gramíneas altas, principalmente nas proximidades da água. Vive em pares espalhados durante o período reprodutivo, reunindo-se em grupos pequenos ou grandes fora deste. Sobe nos pendões de gramíneas para comer as sementes. O macho é preto nas partes superiores e branco nas inferiores, com uma faixa branca no alto e outra em cada lateral da cabeça, próximo ao bico (lembrando um bigode, o que lhe valeu o nome popular); a fêmea é amarronzada, mais clara na região inferior. Conhecido também como estrelinha e cigarrinha (Minas Gerais).
É o nome popular que se dá no Brasil ao conhecido Mergulhão. Vive no Rio Itanhaém e nos afluentes. É comum em todos os rios do Litoral, Planalto e interior. Vive em grandes bandos no Pantanal.
É realmente um pássaro muito bonito, o que lhe rendeu o nome popular "local" de... Bonito. De plumagem amarelo vivo e roxo azulado nas costas, vive na floresta ciliar alimentando-se de frutinhas. Primo próximo do Gaturamo Bandeira. É comum em bordas de florestas, florestas de galeria, clareiras e jardins, evitando áreas abertas mais áridas. Vive aos pares ou em pequenos grupos e junta-se com freqüência a bandos mistos de aves. Além de ser muito apreciado por seu canto melodioso, o macho costuma imitar as vocalizações de uma grande variedade de espécies, como gaviões, papagaios, tucanos e gralhas. Alimenta-se de pequenos frutos. O macho tem as partes superiores azul-metálicas, uma mancha amarela na testa e as partes inferiores amarelas; a fêmea apresenta as partes superiores verde-oliváceas e as inferiores amarelo-oliváceas. Conhecido também como guiratã (nome para a fêmea, no Rio de Janeiro), guipara (idem, em Santa Catarina), guiratã-de-coqueiro (Pernambuco), tem-tem-de-estrela e gaturamo-itê.
Presente em quase todas as regiões do País. Pode estar ausente de regiões extensivamente florestadas, como no oeste e centro da Amazônia. É comum em uma grande variedade de habitats abertos e semi-abertos onde existam flores, inclusive em quintais. Vive solitária ou aos pares e é bastante ativa, buscando alimento em qualquer altura. Alimenta-se de néctar e de frutas. Faz ninho esférico que pode ser de dois tipos, segundo sua finalidade: 1) construído pelo casal para reprodução, o qual é relativamente alto e bem acabado, de acesso pequeno, superior e dirigido para baixo, coberto por longo alpendre que veda a entrada, 2) construído para descanso e pernoite, o qual é menor, de construção frouxa e com entrada larga e baixa. Põe de 2 a 3 ovos branco-amarelados, com pintas marrom-avermelhadas. A incubação é feita exclusivamente pela fêmea. Conhecida também como mariquita, caga-sebo, sebito, chiquita (Rio de Janeiro), papa-banana (Rio Grande do Sul), saí e tem-tem-coroado (Pará). Comum em Itanhaém e em todo Litoral Sul e Litoral Norte.
Muito conhecido e apreciado no Brasil, está presente do Maranhão ao sul até o Rio Grande do Sul e a oeste até o Mato Grosso, bem como nas ilhas do litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro. É comum em áreas semi-abertas com arbustos e árvores esparsas, como pastagens abandonadas, caatingas, plantações e jardins gramados, sendo mais numeroso em regiões áridas. Vive em grupos, às vezes de dezenas de indivíduos. Alimenta-se de sementes no chão, empoleirando-se para cantar. Faz ninhos cobertos, na forma de uma cestinha, em lugares que variam desde uma caveira de boi até bambus perfurados. Freqüentemente utiliza ninhos abandonados de outros pássaros, sobretudo do joão-de-barro. O macho é amarelo-brilhante, com uma mancha laranja na testa; a fêmea é de um amarelo mais pálido, com menos tonalidade laranja na cabeça. Conhecido também como canário-da-horta, canário-da-telha (Santa Catarina), canário-do-campo, chapinha (Minas Gerais), canário-do-chão (Bahia), coroia e canário-da-terra. Também é encontrado em todo Litoral, em Itanhaém e na Juréia.
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Corruíra | Gaturamo Verdadeiro | Cambacica |
Pequeno e muito astuto, este pássaro possui um belíssimo canto inconfundível. É escuro no dorso e cinza claro no peito, com uma coleira preta fina em torno do pescoço na região frontal. Freqüenta áreas rurais onde existe capim em abundância. É muito estimado pelos Caboclos e Caiçaras. A fêmea é cinza-amarronzada.
Habita manguezais, estuários, pantanais e lagoas de águas rasas. Possui bico achatado e alargado na ponta, lembrando uma colher, o que lhe conferiu um de seus nomes populares. Alimenta-se sacudindo o bico lateralmente na água rasa, em busca de pequenas presas, tais como peixinhos, insetos, moluscos (caramujos), caranguejinhos e camarõezinhos. Vive normalmente em pequenos bandos, realizando pescarias coletivas, com diversos indivíduos andando lado a lado, mariscando na água rasa. Conhecido também como colhereiro-americano e ajajá (em tupi, aiaia = papudo). Em Itanhaém, pode ser encontrado esporadicamente no fundo da mata nos afluentes do Rio Itanhaém.
Corruíra (Conhecida Como Garrincha no Rio e Bahia)
Pássaro pequeno e com canto muito bonito, faz o ninho em locais protegidos, pondo de 3 a 5 ovos. É de dorso marrom e peito marrom bem claro. Possui um bico fino e comprido com o qual procura insetos e bichinhos entre a grama, as folhagens e buracos em troncos apodrecidos. É muito zelosa com os filhotes.
Trata-se de uma ave rapina de hábitos noturnos, belíssima e muito inteligente. Pessoas ignorantes temem esta ave fantástica por acharem tratar-se de ave de mal agouro e também devido ao canto da ave no meio da noite que ainda emite ruídos que parecem os de um pano sendo rasgado - por isso mesmo é também conhecida como Rasga-Mortalha. Quanto ao agouro, aqui no Brasil, é costume e crendice que primeiramente chega até nós desde a época dos Índios Tupinambás, crendice esta ainda reforçada e modificada por outras trazidas da Europa com os colonizadores, oriundas por sua vez, de épocas mais longínquas, da antiguidade, na Grécia, onde a Coruja era o animal preferido da deusa Atena, ave portadora de sorte e sabedoria. Com o fim da Religião Antiga dos deuses (panteísmo/paganismo) e com a introdução do Cristianismo, essas tradições ficaram relegadas à superstições ligadas ao mal, daí o sentido do mal agouro que prosperou até os dias atuais. Na realidade, a Coruja é uma ave amiga do homem e muito útil, pois caça ratos e camundongos os quais constituem-se em sua presa principal. Tarde da noite, podem ser vistas voando aqui e acolá sobre os telhados das casas ao longo da Praia do Peruíbe, no Bairro do Cibratel em Itanhaém.
Corujas de tamanho menor recebem geralmente a denominação de mochos. A Coruja Buraqueira recebe este nome devido ao fato de fazer o ninho em buracos os quais cava nas areias na orla das praias. É muito comum em Itanhaém, ao longo da Praia do Suarão, do Centro/Boca da Barra e na Praia do Peruíbe (Cibratel). Defendem o ninho dando vôos rasantes nos que se atrevem a se aproximar. São aves protegidas por Lei. Caso você veja qualquer pessoa covardemente caçando essas aves, entre em contato com a Polícia Florestal.
É comum no interior e bordas de florestas, à altura da copa. Vive solitário ou em pequenos grupos, associando-se com freqüência a bandos mistos de aves. O macho tem as partes superiores, garganta e peito azul-metálicos, contrastando com a barriga castanha; a fêmea é olivácea nas partes superiores e cinzenta nas inferiores. Conhecido também como tieté, gaita, serrador, alcaide e gaturamo-rei (Minas Gerais). Pode ser encontrado na mata ciliar ao longo do Rio Itanhaém.
Como a Saíra Sete Cores, é muito colorido, apresentando as cores da bandeira do Brasil, embora seu canto não possua nenhum atrativo. É conhecido também por Bandeirinha. Se alimenta de frutinhas da mata. O ninho é redondo, ficando escondido dentro de penachos de coqueiros onde em média os ovos são chocados por 17 dias.
Muito comum na época da colonização, quase foi extinto no início dos anos 70. Hoje vive em refúgios na Serra do Mar, inclusive em rios recuperados em Cubatão e no fundo da Mata na região de Bertioga e em Ilha Comprida, locais de extensos manguezais. Suas penas vermelhas escarlates eram utilizadas pelos Índios Tupinambás no Século 16, na confecção de mantos - Manto Tupinambá - dos quais vergonhosamente o Brasil não possui nenhum exemplar sequer. Os únicos exemplares desses mantos estão em museus da Europa e estes se recusam a ceder as peças para exposições no Brasil temendo sua não devolução. Na exposição 500 Anos do Descobrimento realizada no Ibirapuera, foi exibido um Manto Tupinambá, porém do Nordeste e de época mais recente que a do Século 16. Os bandos remanescentes de Guarás são constantemente monitorados pelos cientistas, IBAMA e ONGs conservacionsitas.
Comum em pântanos, lagos com vegetação aquática e em poças d'água com bordas vegetadas. Normalmente há vários indivíduos espalhados em um mesmo lago, caminhando sobre a vegetação aquática, em águas rasas próximas à margem ou, ainda, em capinzais junto à água. Raramente nada. Alimenta-se de insetos, caramujos, peixinhos e sementes. Faz ninho em capinzais ou em ve-getação aquática flutuante ou emergente. Põe em média 4 ovos marrom-oliváceos estriados de preto. Uma mesma fêmea costuma pôr ovos para dois ou mais machos, os quais a expulsam e se encarregam de chocá-los durante 21 a 28 dias. Quando ameaçado, o pai foge correndo, às vezes agarrando os filhotes e levando-os sob as asas. Fora do período reprodutivo é migratório, associando-se em bandos. Conhecido também como cafezinho, menininho-do-banhado (Rio Grande do Sul), enxofre, casaca-de-couro (Minas Gerais), marrequinha (Bahia) e jaçanã-preta. O nome piaçoca é utilizado na Amazônia. Em Itanhaém, está presente ao longo dos afluentes do Rio Itanhaém, como o Rio Branco, Rio Preto, Rio Tambotica e outros.
É muito comum em Itanhaém, em todo Litoral e interior. Canta alto, fazendo algazarra nas manhãs de céu azul profundo no verão. Possui a característica peculiar de construir um ninho que na realidade é uma casinha de barro arredondada, com entrada protegida dos ventos. Dentro da casinha há 2 compartimentos, uma entrada e outro compartimento anexo onde fica o ninho, separado por uma pequena divisória horizontal. Diz a lenda que se o macho descobrir que a fêmea o trai, fecha a entrada da casinha com barro, mesmo com a fêmea ali dentro, que confinada, acabaria por perecer.
Muito parecido com o Bem-Te-Vi (não tem o penacho amarelo nem a lista ao longo dos olhos) porém não tão agressivo como este em suas caçadas. Vive em todo litoral, inclusive no Planalto. Faz muita algazarra nas manhãs de verão ao longo das praias e no planalto.
É uma ave pscitacídea de coloração verde com parte das pontas das asas vermelhas. Vive em bandos e voam sempre aos pares. Vivem em toda Mata Atlântica e Interior. Gostam de fazer algazarra, são brincalhonas e alegres, seja a sós ou quando estão em bandos. É sabido qure no interior de São Paulo, bandos de Maritacas podem arruinar uma plantação inteira em minutos.
Presente em todo o Brasil Comum em beira de rios, lagos, lagunas, manguezais e beira-mar. Vive solitário ou aos pares. Passa a maior parte do tempo pousado sobre pedras e árvores mortas, observando a água. Ao avistar um peixe, mergulha diretamente em sua direção. Em períodos de águas turvas, alimenta-se também de insetos. Faz ninho em buracos escavados em barrancos, às vezes formando colônias de 4 a 5 pares (ou mais) pouco associados entre si. O macho apresenta o peito e a barriga ferrugíneos; a fêmea possui o peito cinza-azulado com uma borda branca e a barriga ferrugínea. Conhecido também como martim-pescador, martim-cachá, martim-cachaça, uarirama, ariramba-grande (Amazônia), matraca, flexa-peixe, pica-peixe, alcione, jaguaticatiguaçu e iaguaçati (nomes indígenas). Pode ser avistado com freqüência ao longo do Rio Itanhaém e afluentes.
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Noivinha | Sabiá Laranjeira | Jaçanã |
Freqüenta todo o Litoral Sul, Litoral Norte e áreas de Mata Atlântica no Planalto, inclusive o Parque Ecológico do Tietê em São Paulo. Em Itanhaém, este pássaro pode ser visto perto do Portinho e nas áreas rurais próximas do Rio Itanhaém e afluentes assim como na Mata Atlântica, próxima da Serra do Mar. É mais comum em praias de difícil acesso no Litoral Norte como Puruba, Trindade e o conjunto de morros do Cairuçu (Praia do Camburi, da Trindade, do Sono, dos Antigos, Antiguinhos, Saco do Mamanguá, Paraty-Mirim, etc...).
Trata-se talvez da ave mais querida do Brasil, pois desde a época dos Índios, estes mantinham esta ave em cativeiro devido ao fato da mesma poder emitir sons que imitam a fala humana. Trata-se de um dos animais mais inteligentes da natureza segundo pesquisas recentes. Há várias espécies na Mata Atlântica, algumas falantes e outras apenas emitindo ruídos. Hoje em dia é totalmente ilegal manter papagaios em cativeiro a menos que sejam aves anilhadas pelo IBAMA com a respectiva autorização. A Mata Atlântica nas Serras, a área rural de Itanhaém e a Juréia, abrigam espécies raras. O Papagaio de Cara Roxa é endêmico de Superagui, Ilha do Cardoso, Ilha Comprida e Juréia, encontrando nesses locais seus últimos santuários naturais no mundo inteiro.
Habita bordas de florestas altas, florestas de galeria e pomares. Alimenta-se de frutos no alto das árvores, descendo também ao solo para comer formigas e cupins. O macho apresenta uma faixa vermelha nas laterais da cabeça, próximo à base do bico. Conhecido também como joão-velho, bico-chã-chã (Rio Grande do Sul), cabeça-de-velho e pica-pau-velho. Comum na mata ao longo das praias no Litoral Sul e ao longo do Rio Itanhaém.
É talvez uma das aves mais valentes e agressivas da Mata Atlântica. São aves que defendem o território a qualquer custo. Vivem sempre em pares e procuram praias e campos com vegetação rasteira para fazerem seus ninhos. Enquanto um fica no ninho o nas redondezas o outro fica mais longe vigiando e qualquer movimento, atacam em dupla. Possui um tipo de ferrão nas 2 pontas das asas. Em Itanhaém, saem da área rural e do jundú ao longo da praia, onde reproduzem, para espantar até mesmo gaivotas e albatrozes que por ventura invadam seu "espaço aéreo".
É a mais conhecida das pombinhas brasileiras, sendo comum em áreas abertas, campos, plantações e mesmo áreas urbanas. Alimenta-se de grãos e sementes no chão. Vive solitária, aos pares ou em grupos de tamanhos variáveis. Quando assustada, voa por distâncias curtas, executando um som característico com as asas. Faz um ninho raso, localizado a 1 m de altura ou mais, em meio a arbustos. Nas cidades, costuma fazer ninho sobre vigas, debaixo de telhas, em coberturas de edifícios ou galpões. Põe 2 ovos brancos. O macho é marrom-ferrugíneo com a cabeça cinza-azulada; a fêmea é inteiramente marrom-clara. Conhecida também como rola-caldo-de-feijão, rolinha-comum, rola-cabocla (Paraíba) e rolinha-roxa. Em Itanhaém há várias espécies de Pomba-Rola, as quais podem ser encontradas na mata ciliar ao longo do Rio Itanhaém.
É uma das aves mais queridas do Brasil. Há várias espécies na Mata Atlântica e no Brasil. Dentre elas, podemos citar o Sabiá-Coleira, Sabiá-da-Mata, Sabiá-do-Campo, Sabiá-Gonga, Sabiá Laranjeira, Sabiá-Poca e Sabiá-Una. Em Itanhaém é possível encontrar com facilidade o Sabiá Laranjeira e o Sabiá Pau-Ferro que possui um canto diferente daquele. Se alimenta de minhocas, insetos e frutinhas como pitanga, goiaba, uvaia, jabuticaba, grumixama, etc. A época do canto é aquela do acasalamento, ou seja na primavera. Começam a cantar desde o início de agosto, proporcionando um "espetáculo musical maravilhoso" ao alvorecer e ao entardecer. Diminuem a freqüência e intensidade do canto já em dezembro até meados de janeiro, quando o canto cessa de vez para iniciar-se novamente na primavera seguinte.
Sabiá Laranjeira
Possui um canto muito estimado por todos. Fora da época de acasalamento emite piados melancólicos. Trata-se de uma ave belíssima, cujo peito é alaranjado e o dorso marrom.
Sabiá Pau-Ferro
Primo do Sabiá Laranjeira, possui a mesma coloração no dorso, porém o peito é cinza e o canto que é muito bonito, difere daquele do Sabiá Laranjeira.
Existem diversas espécies de Saíras, todas se alimentando de frutinhas e pequenos insetos. Vamos citar algumas nesta oportunidade:
Saíra Sete Cores
Pássaro belíssimo, ainda abundante nas matas do litoral. Vive na área rural de Itanhaém, na Serra do Mar e nas matas que circundam as praias de todo Litoral Norte de São Paulo e Sul Fluminense, as quais geralmente possuem árvores nativas como as pitangueiras e jabuticabeiras em toda a orla.
Saíra de Lenço Vermelho
Igual sua prima, a Saíra Sete Cores, mas possui uma paste do dorso com penas vermelhas. É mais rara no Litoral Sul e mais comum no Litoral Norte, contudo existem em abundância no fundo da mata, junto à Serra do Mar.
Saíra 2 cores
Existem vários tipos. As verdes com uma parte da cabeça azul-acinzentada, as azuis com manchas pretas, as amarelas com o dorso amarelo e o peito branco, etc... Proporcionam um espetáculo multicolorido no final do inverno - início da primavera, quando descem a Serra em direção das praias procurando alimento.
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Sanhaço do Coqueiro | Saíra Azul (2 Cores) | Saíra de Lenço Vermelho |
Ave muito bela que costuma viver em pares. Adora banana (a pacova dos índios), fruta que é a base de sua alimentação. Há dois tipos: o mais conhecido que é o azul acinzentado e outro, talvez menos conhecido, é esverdeado acinzentado, o Sanhaço do Coqueiro. Freqüenta as praias e a área rural de Itanhaém, todo Litoral Paulista, inclusive o planalto e interior.
É comum em bordas de florestas, clareiras arbustivas, capoeiras arbóreas, bosques, jardins, áreas povoadas ou regiões agrícolas, especialmente onde palmeiras sejam numerosas. Vive em grupos de cerca de 6 indivíduos, tanto em áreas úmidas como secas. De tom esverdeado, é um pouco maior do que o azul acinzentado. Alimenta-se de frutos e insetos. Apresenta preferência por palmeiras de várias espécies, alimentando-se de insetos na base de suas folhas, às vezes permanecendo pendurado de cabeça para baixo em suas pontas. Faz ninho em formato de tigela. Põe 2 ovos. Conhecido também como saí-açu-pardo (Pará).
Saracuras são aves gruiformes (pescoço comprido). São aves tímidas e que saem para alimentar-se nas madrugadas até o raiar do dia e depois ao entardecer. Em Itanhaém, no início dos anos 70, ainda existiam algumas no manguezal atrás do Morro do Paranambuco. Com o crescimento do Bairro do Cibratel, retiraram-se para áreas mais afastadas junto à mata ciliar do Rio Itanhaém e afluentes, onde hoje em dia procriam muitas garças de várias espécies.
Espécie bastante comum em praticamente todos os tipos de habitats de água doce ou salgada, como lagos, rios, estuários, manguezais ou mesmo poças maiores. Abundante também em igarapés. Normalmente solitário, permanece imóvel por longos períodos, empoleirado sobre a água ou em suas proximidades, à espera de presas. Ao contrário das outras espécies da família, durante a reprodução não se agrupa em colônias. O ninho é construído como uma plataforma no alto de árvores em margens de rios. Põe 3 ovos cinza-esverdeados. Conhecido também como socó-estudante, soco-í e socó-mirim (Pará), socó-tripa e socó-mijão.
Ocorre na área rural de Itanhaém, em todo Litoral Norte e Sul. Em tardes ensolaradas nas áreas ao longo da Praia do Peruíbe, seus trinados compridos e melancólicos podem ser ouvidos por entre as amendoeiras do local.
É comum em bordas de florestas, clareiras arbustivas com árvores isoladas, capoeiras e plantações, principalmente em regiões mais úmidas. Vive solitário ou aos pares, alimentando-se principalmente de frutos. Faz um ninho grosseiro com gravetos, folhas e gramíneas, em formato de tigela profunda. Põe 2 ovos azul-claros manchados, com o período de incubação variando de 12 a 15 dias.
Era muito comum em todo litoral. Hoje é encontrada mais nas áreas rurais do Litoral Sul, em toda Juréia e em locais longínquos e protegidos nas costas do Litoral Norte. Parece haver 2 espécies distintas: a Tesoura é um pouco maior que um Bem-Te-Vi e a Tesourinha é de tamanho bem menor.
Não está na lisa da aves em extinção porém o tico-tico está rareando em certas regiões do Brasil. Embora seja um pássaro pequeno, é implacável em suas caçadas atrás de insetos, enfrentando pássaros com o dobro do seu tamanho, como o Bem-te-Vi. Sofre na época do acasalamento com a praga do chamado Chupim. Este pássaro preto e sem maiores atrativos, acasala-se porém não constrói ninho nenhum. A fêmea de uma cor negra meio parda sem o brilho do macho, espreita os ninhos de Tico-Ticos e quando percebe que a fêmea deste já pôs os ovos, põe os ovos "escondida". O filhote do Chupim geralmente nasce primeiro e como é maior que aqueles do Tico-Tico, assim que nasce empurra dos outros ovos e filhotes para fora do ninho, matando-os. Por isso mesmo é muito comum ver o Tico-Tico alimentando aquele passarinho preto e desengonçado que tem o dobro do tamanho dos pais adotivos.
Trata-se de um Tico-Tico de outro tipo, de coloração vermelha e muito bonita. Povoava o planalto os terrenos próximos às praias do Litoral. Em Itanhaém ainda era visto no início doa anos 70 com alguma dificuldade nos terrenos da orla do Bairro do Cibratel ao longo da Praia do Peruíbe. Hoje em dia é encontrado em refúgios no Litoral Norte e em reservas como na Juréia ou áreas rurais próximas da Serra do Mar (Itanhaém e região).
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Tesourinha | Tié Sangue | Tico-Tico |
É um dos pássaros mais belos da Mata Atlântica. Vermelho escarlate, possui uma pinta branca nos dois lados da parte inferior do bico. O dorso é negro. Vive nas praias no Litoral Norte e Litoral Sul. É visto com freqüência em Itanhaém, tanto na região dos morros como na área rural do município.
Pequeno e todo preto bem escuro, este pássaro proporciona um show quando canta, pois em cada trinado, dá um pulo, voltando ao mesmo local onde se encontrava. Como a coleirinha, se alimenta de capim. Comum também em va'rios locais abertos, tais como capinzais altos, áreas agrícolas, áreas ao redor de habitações, terrenos baldios em cidades, etc. É um dos pássaros mais conhecidos nestes ambientes. Vive aos pares durante o período reprodutivo, porém, fora deste, reúne-se em grupos que podem chegar a dezenas de indivíduos. Nestas situações, freqüentemente mistura-se a outras espécies de pássaros que alimentam-se de sementes. Em regiões do Sudeste e Sul do País, como em São Paulo, desaparece durante o inverno, migrando para regiões mais quentes. Procria em qualquer época do ano, pelo menos em algumas regiões quentes próximas à linha do Equador, como em Belém (PA). Quando solta seu canto (semelhante ao som da palavra "tiziu", o que lhe valeu o nome popular), principalmente durante a reprodução, o macho dá um salto curto para o ar e mostra uma região branca sob a asa, voltando a empoleirar-se no mesmo local. Acredita-se que este ritual seja para defender seu território. Faz ninho na forma de uma xícara fina e profunda, sobre gramíneas. Põe de 1 a 3 ovos branco-azulados com pontos marrom-avermelhados. O macho é preto-brilhante; a fêmea é marrom-olivácea na parte superior, amarelo-amarronzado na inferior, com o peito e laterais estriados de escuro. Conhecido também como saltador, veludinho, papa-arroz, bate-estaca (Rio de Janeiro), serrador, serra-serra e alfaiate.
Para a surpresa geral, este ilustre habitante da Mata Atlântica, há muito tempo sumido da região da praias do litoral sul devido ao avanço dos condomínios e a derrubada da mata original, felizmente tem sido avistado em bandos de tamanho pequeno e médio em Itanhaém. De tamanho bem menor do que a maritaca, nota-se primeiramente a ausência de uma cauda comprida. Vivem em bandos fazendo algazarra e são muito amorosos.
Foi descrito pelos viajantes franceses do século 16, como uma ave com um bico monstruoso. É comum nas áreas rurais de Itanhaém, em todo Litoral e em alguns locais no interior onde existem serras cobertas por mata densa como a Serra da Mantiqueira no Vale do Paraíba (São José dos Campos, Campos do Jordão, Taubaté, etc), nas redondezas de São João da Boa Vista (SP), etc. Costuma descer a Serra do Mar no inverno fugindo do frio, em busca de locais mais quentes onde existe alimento. Na época dos Índios, era comum nas matas que cercavam as praias, contudo como a floresta deu lugar a loteamentos, hoje em dia é achado em praias da Juréia, no extremo Sul do Estado de São Paulo (Iguape e Cananéia), em Superagui, no Norte do Paraná e nas praias ainda virgens e de difícil acesso do Litoral Norte, onde a Mata Atlântica chega até a areia da praia (Prumirim, Puruba, Almada, Fazenda, Picinguaba, Camburi, Trindade, Paraty-Mirim, Paraty, etc).
Presente localmente em todo o Brasil, inclusive na periferia de cidades como o Rio de Janeiro. Comum em bordas de florestas, campos com árvores e cerrados. Alimenta-se de insetos noturnos, em especial de grandes mariposas, cupins e besouros, os quais caça em vôo. Nunca pousa no solo, mas em galhos, postes, cercas e tocos. Possui uma adaptação única em aves, chamada de "olho mágico". São duas fendas na pálpebra superior, as quais permitem que fique imóvel por longos períodos, observando os arredores, mesmo de olhos fechados. Assim, ainda que tenha o hábito de pousar em locais abertos, permanece disfarçado, sendo facilmente confundido com um galho. Põe um ovo, em cavidades de tocos ou galhos, a poucos metros acima do solo, incubando-o por cerca de 33 dias. O filhote permanece no ninho em torno de 7 semanas. Há uma crendice na Amazônia de que as penas da cauda do urutau protegeriam a castidade. Por isso, a mãe varre debaixo das redes das meninas com uma vassoura confeccionada com estas penas. Conhecido também como mãe-da-lua, kúa-kúa e uruvati (nomes indígenas - Mato Grosso). A origem do nome urutau é Tupi e significa "ave fantasma". Acerca do respeito dos Índios por aves do tipo do Urutau, Jean de Léry, no Século 16, conta um episódio ocorrido na França Antártica, área onde hoje em dia se situa a atual cidade do Rio de Janeiro; clique aqui.
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Tico-Tico Rei | Tiziu | Urutau |
Olá Nádia, apareceu aqui em casa um pássaro maior do que um sabiá, cujo peito é laranja quase vermelho e a cabeça, azul escuro. E o companheiro é de peito laranja e plumagem cinza. Você sabe me dizer qual é o nome desta ave?
ResponderExcluirAguardo sua resposta,
att
Vera,
ResponderExcluirInfelizmente não vou poder ajudá-la.
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