domingo, 21 de setembro de 2008
Cotovia
É conhecida pelo seu canto característico. O seu vôo é ondulante, caracterizado por descidas rápidas e ascensões lentas alternadas. Os machos elevam-se até aos 100 metros ou mais, até parecer apenas um ponto no céu onde descreve círculos e continua a cantar.
É difícil de distinguir no chão devido ao seu dorso acastanhado com estrias escuras. O seu ventre é pálido, com manchas alvacentas.
Alimenta-se de sementes. Na época do acasalamento acrescenta ao seu regime alimentar alguns insectos.
A cotovia foi também o nome informal da V Alaudae, uma legião romana recrutada por Júlio César.
Na literatura
* A cotovia tem sido muito utilizada em canções e em poemas (é o nome de uma editora portuguesa especializada em poesia).
* Na peça de William Shakespeare, Romeu e Julieta, os dois amantes, depois de uma noite de amor, discutem se o pássaro que ouvem lá fora é a cotovia ou o rouxinol, preferindo este último, que canta durante a noite, enquanto a cotovia anuncia o dia e, com ele, a separação dos amantes.
* São Francisco de Assis tinha nas cotovias suas amigas prediletas na natureza, as chamava irmãs cotovias, a literatura franciscana é repleta de citações destes pássaros.
* Uma ode, de Percy Bysshe Shelley sobre a cotovia inicia-se com uma frase bem conhecida do público anglófono:
Hail to thee, blithe spirit!
Bird thou never wert!
Avé, alegre espírito!
Tu que nunca foste pássaro!
* Na obra Les Miserables de Victor Hugo, o autor conta em determinado trecho a história de uma linda menina (Cosette) que após ser deixada aos cuidados de uma família má, devido aos maus tratos e trabalhos forçados, adquire um aspecto doente e fica muito magra, devido a isto as pessoas que a conhecem começam a chamá-la Cotovia.
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Agora entendo pq Leconte de Lisle disse em seu poema:
ResponderExcluir"O amor na clara luz do dia
cantou junto co'a Cotovia..."
Gostei muito do seu blog, parabéns pelo seu trabalho com pássaros!
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